Qual flâmula
Farfalha a seda macia
Desliza contra a
pele,
Arrepia
O corpo nu sob a seda
escarlata
Orna Leda,
Em lânguida borboleta
Sedosa tez
Seduzida pela maciez
da seda
A espera do cisne
Contorce em sede
Leda
Leda
Ah Leda, vestes o
berço
Das mariposas bebês
Inebriada foste atraída
Às luzes de tantas
cores
Derramadas no manto
da tua pele nua
A caldeira ferve
borbulhante
Inocentes as pupas
dormentes
Desconhecem
O destino fervente
Leda envolta em seda
Desmente em tom
demente
A cruel saga da trama
dos fios
Leda se deleita
Enquanto Zéfiro
furioso
Adentra da janela
Em lufadas gélidas
Lambendo-lhe
Alando-lhe
Ardendo
O seio sedoso
enrijece sob a seda
enquanto ela pinta o
lábio
Carmim
Leda suspira
Aos sussuros de
Zéfiro
Espera que a hora se
apresse
E que o afago da seda
Lhe adormeça
A sensibilidade de
mariposa
Para que devassa
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A hora do cisne
A hora do cisne
2 comentários:
Fabiana,
nada mais a dizer senão que adorei! Demais mesmo! Gr. Bj.!
Olá Cris, muito obrigada, apreciei muito sua visita! Saiu muito diferente do que eu queria dizer... este poema foi dizendo por si. A outra ideia guardo para outra ocasião...
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