Estava escuro
Uma noite negra cujo manto
Se estendia na abóbada do infinito
Um escuro sem forma
Suspendido
Soturno
Uma estrela
súbito postulou
uma existencia
Um marco
O início e o fim
Foco
Nubentes escuro e estrela
se misturaram no doce mel
do contraste branco e preto
e o segredo procriou em luz
multiplicando os pontos no céu
Formas geométricas
espelhos paralelos na amplitude
girando o caleidoscópio
maniqueisticamente
A luz negando o escuro
O escuro fugindo da luz
tão distante e tão juntos
existindo um em função do outro
No sonho estrelas mil
adornam um céu convexo
e explodem como fogos de artificio
lançando-se verticalmente
ao abismo
O céu se nubla, apenas algumas restam
O ente suspenso no mistério pondera
Por que cairam as estrelas?
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