sexta-feira, 20 de abril de 2012

Espera



Esculturalmente a mulher espera,
entre nesgas, vincos, réstias de si
A mulher espera, estatuesticamente
Badalam as areias do tempo tac tic

Entre dias de sol, tempestades, uivos
A mulher espera, uma espera sem fim
Nuances, tenores, ardores... sai dias
Despetalam-se suas cores: faz cinzas

Noites inteiras, sibilam nos doces fios
de seus cabelos entre o vento faceiro
Novas cores renascem do talo filheiro

Carrega da seiva do tempo, renovo
Introduzindo ao jardim da vida
A nova vida a esperar a hora do ovo

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