Ora,
direis, araras?
Araras
azuis não coram
Decoram o
céu,
Azuis,
Choram
cântaros
Araras
cantando em coro
caminhos às
amoras
ora, ora,
araras
amores
amoras
Onde moras?
Em que
cores resplendoras
Desabrocham
tuas áureas auroras?
Onde agora?
Ara!...
Choram as
araras
Ante secas
cachoeiras de outrora
Florestas desfloradas
Céu descorado
O que eras
arara?
Que encantos
afora?
És desta
era outras horas
Cara arara
Adora a flora
Que te adorna
ainda
A arbórea
que devora
E que te
ampara
Arara no
céu cobalto paira
Faixa mais
azul
Arauto que
ora:
árias em
flauta
mensagens
sem pauta
eras ébrias
Sombras
efêmeras
Mármores de
geléia
Inscritos de
marengas memórias
Metáforas de
glórias
Se ora ou
outrora
Sempre me
palpita,
Sara
Flor azul
em secas varas
Voam
senhoras...
Às namoradoras
araras
juro eterno
amor
Seus bicos
em côro respondem: amora
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