segunda-feira, 3 de junho de 2013

Penas


Passos descompassados
rastros
O mesmo caminho já gasto
esculpindo
memórias em alabastro

Solo magnético
pêso
garras cibernéticas
frenéticas
Cadeias dialéticas
confinam um cético

Pés pisam o pó
de antepassados
além do véu transpassados
 já desataram o nó
Desintegrados
integram-se ao chão

Pés que saltam
em pequenos voos
vinhos
substancias
pequenas transcendencias
aos herdeiros da decadencia

Duras penas
Peso de vento
te aprisionam do firmamento
penas arrancadas
de asas quebradas
pela geração
pés no chão

A abóbada mestra
convexa
se abre límpida
no arco pleno
tão simples
ora complexa
aduelas nítidas
feitas de sereno

Espera que o peso
deixe teus ombros
que saltes desta tua matéria
que te misture ao vento
e que tuas penas sejam apenas
das asas do teu pensamento


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